A primeira utilização registrada de animais em tratamentos
terapêuticos deu-se no século IX, em Gheel, na Bélgica – pessoas com
necessidades especiais receberam autorização para cuidar de animais.
Estudos recentes
mostram que existe uma série de benefícios nesta prática, pois os animais podem
sanar determinadas necessidades que nem sempre as pessoas conseguem resolver
entre aqueles da mesma espécie: carinho, afeto e contato físico são algumas
delas.
O toque, por exemplo, aumenta a autoestima e a relação com o
animal é muito tátil. A gente sabe! :)
Na década de 70 em alguns países da Europa se desenvolveu
a Asinoterapia – introdução de burrinhos
no processo terapêutico.
Além de ajudar em questões emocionais, esta forma de terapia
ajuda a desenvolver habilidades cognitivas, pois parte do processo envolve a
comunicação com os animais. Entender o animal e prever sua forma de agir. Além
disso, as pessoas acabam por desenvolver traços importantes como a humildade e
o respeito, pois é necessário respeitar o tempo e as particularidades dos
animais.
Ter um animal no
processo terapêutico também pode ajudar a desenvolver o altruísmo e promover um
relaxamento e equilíbrio que podem ser levados para todos os momentos da vida.
As pessoas exercitam a humildade, a calma, o amor e a justiça nestas relações.
Outro ponto importante, o vínculo que se desenvolve é muito
recompensador. A pessoa aprende a fazer carinho e o animal mostra-se satisfeito
e agradecido. É uma relação ganho x ganho!
Você conhece algum terapeuta que utiliza esta técnica? Se
sim, mande um e-mail para o avidacomgatos@gmail.com
e conta pra gente!
Agora vamos ao caso
do Alívio.
O Alívio é um gatão lindo e carinhoso que um dia começou a
frequentar o quintal da clínica onde uma amiga minha trabalha. Ela é psicóloga
e a clínica chama-se Aliviar.
Ela o viu pela primeira vez num sábado, passeando por umas
telhas e, na terça seguinte, quando precisou ir para o quintal, o gatinho
estava lá embaixo de uma árvore. Ela se aproximou e ele imediatamente fez o que
todo bom gatinho simpático faz: começou a se enroscar na perna dela, que logo
se abaixou para dar carinho pra ele. O bichão tão atrevido que é não hesitou em
subir no colo dela e por lá se aninhar...ah, amor à primeira vista!
Pois bem, o meninão começou a passar tempo por ali e as
pessoas que gostam de animais permitiram que ele ficasse. Na época ele estava
magrinho, porque sobrevier nas ruas é difícil e nem sempre eles conseguem comer
regularmente.
As meninas da clínica o alimentavam e davam carinho. Alívio
fidelizou e nunca mais quis saber de sair de lá. Até banho ele ganha direto!
As meninas o levaram para veterinária e descobriram que ele
já era castrado e estava saudável. Na verdade, por um curto período de tempo
ele se chamou Alívia pq as tias da clínica não sabiam identificar o sexo dele.
Ele é do tipo perfeito para ser utilizado na terapia de
pessoas que o aceitem, porque AMA carinho, colo e seres humanos. Ele quer
sempre estar por perto de alguém.
No começo ele ficava só na parte de trás da casa, mas aos
poucos a Marina (psicóloga) começou a deixar a janela da sua sala aberta e
adivinha se o espertinho não pulava logo pra dentro? Às vezes ficava só
dormindo e às vezes se jogava no colo do paciente que permitisse e gostasse.
Hoje ele tem passe livre em quase todas as salas. Não entra
na sala de acunpuntura, mas monta nas pessoas enquanto elas estão nas piores e
mais sofridas posições de pilates ou ocupa algum colchãozinho ou caminha de
exercícios...daquele jeito suuuuper “conveniente” que só os gatos sabem ter!
O mais legal é que muitas pessoas que hoje convivem com o
Alívio na clínica aprenderam a gostar de gatos e a conhecer gatos. Claro também
que tem aqueles que têm medo e não aceitam a companhia do peludinho.
A Marina disse que não utiliza nenhuma técnica de terapia
com o gatinho, mas que já viu mtas vezes ele se aproximar de pessoas
extremamente carentes e fragilizadas e ajudar no processo de superação de
questões pela troca de amor e afago que oferece.
Ela ainda diz: “Atendo crianças tb, e elas o adoram e posso
dizer que ele me ajuda mto a trabalhar as inseguranças e medos da criança, pelo
fato do gato ser um bichinho independente, que consegue se cuidar sozinho e
ficar bem com isso. Além do fato tb de ensiná-las mto sobre a troca do carinho,
afeto, amor.
Claro que ele ajudar as pessoas não é nada intencional, mas por ser esse bichinho tão carinhoso, afetuoso e especial que ele é, ele transmite esses mesmos sentimentos para as pessoas através da troca. Com certeza não fomos nos que o adotamos, foi ele quem nos adotou!!!!”
A professora de Pilates e a Marina com o Alívio - duas fãs do peludinho!
Que história bacana essa do Alívio, né?
Quem sabe ele não inspira outros profissionais e gatinhos
por aí! :)
aaaaah que post mais gostoso!!! Eu ia adorar ter um Alívio para afarfar durante minhas consultas!!! :)
ResponderExcluirAdoraria chegar na terapia e ter um gatinho pra me receber :)
ResponderExcluirBeijos
Amei o blog e a história do Alívio! Tb ia amar fazer terapia com um gatão lindo desse no meu colo! Parabéns pras meninas da clinica que deram uma chance pra ele!
ResponderExcluirque bom que o gatinho esta bem tratado.......um beijo e
ResponderExcluirum Miauuuuuuuuuuuuuuuuuuuu bem grande pra vcs