sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Momento Histórico - Aqui e Agora!

Olá queridos leitores do blog, tudo bem com vcs?

Estou aqui hoje para falar de um assunto muito sério: há cerca de uma semana ativistas da causa animal acampam na frente deste campo de concentração de animais utilizados das maneiras mais cruéis e horrorosas para testes de produtos químicos para a indústria farmacêutica. Trata-se do Instituto Royal (que não possui relação alguma com a Royal Canin, hein pessoal?), que fica na cidade de São Roque, interior de São Paulo.

Como já é sabido por aí, testes em animais não são e nunca foram, em momento algum, confiáveis o suficiente para que se justique tamanha crueldade. Hoje já existem centenas de marcas que produzem seus cosméticos, produtos de limpeza e outros itens sem se utilizarem de vidas para teste, ou seja, é possível e não é necessário.

Estes animais são tratados como pedaços de carne. Não recebem nomes para que não se desenvolvam vínculos entre os algozes e as vítimas  - ou seja, esta regra já demonstra a consciência que estes monstros tem da relação afetiva e consciente que pode se estabelecer entre um ser humano e um animal - para evitar peso na consciência ou qualquer coisa assim os animais recebem números de identificação. 
Minha pergunta é se de certa forma não é a mesma coisa que utilizar crianças para testes, por exemplo? Para mim, sim.

Atualmente muitas marcas de cosméticos anunciam o fim de testes com animais ou ainda lutam bravamente para exporem uma realidade avassaladora de sofrimento e dor, de injustiça e falta de amor.

A Lush criou em uma loja em Londres uma réplica de um laboratório de testes em animais e utilizou uma atriz para demonstrar como são feitos os procedimentos em beagles, coelhos, gatos, ratos e outras pobres criaturas vítimas de indústrias milionárias, gananciosas e sem nenhuma ética ou responsabilidade social.



Na madrugada de ontem os ativistas invadiram o Instituto Royal e resgataram centenas de animais. Navegando pela internet é possível encontrar vídeos e imagens destes momentos e o impressionante é o tamanho do medo que os pobrezinhos dos beagles sentem das pessoas que estão alí para resgatá-los. Eles não conhecem amor, não conhecem proteção e segurança, só conhecem indiferença e tortura.

Foram tirados ontem do Instituto Royal muitas mamães gravidinhas, muitos filhotinhos, muitos animais mutilados, queimados, cegos, sem pele e até congelados vivos. Por que, meu Deus? Por que?

Muitos ainda continuam por lá.

A quem ainda não está a par desta situação, segue abaixo uma lista de links úteis. Precisamos nos informar, precisamos lutar.

Os primeiros deles são petições contra as práticas de testes em animais neste inferno chamado de Instituto Royal.


Pedimos a todos os nossos leitores um minutinho do seu tempo para ajudarem estes ativistas a terem sucesso em suas lutas. Para ajudarem o país a andar para frente, para ajudarem a chamar a atenção do nosso governo para esta necessidade. Eles precisam da nossa voz! Sempre!

Um beijo cheio de esperança. Com este tipo de acontecimento meu coração se enche de fé que em breve poderemos estabelecer relações mais justas e amorosas com estes seres da criação, perfeitos e cheios de sentimentos e muita inteligência e consciência tb.







Imagens do resgate Folha de São Paulo

finalmente em segurança

imagem de um dos canis onde os beagles eram mantidos

coelhos resgatados

momento da retirada de alguns dos cães



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sobre o dia das Crianças e sobre Animais não serem presentes...

O dia das crianças está próximo e como se não bastasse o bombardeio frenético e hipnótico do “compre seu brinquedo” ainda há anúncios e promoções relâmpagos para atrair aos pais sugerindo-lhes o pet como presente para os pequeninos.

Não somos contra a relação entre crianças e animais, muito pelo contrário, somos as primeiras a levanter a bandeira do quão saudável é esta relação e do quanto um pet pode ajudar a formar um ser humano da melhor qualidade, mas queremos ressaltar que é preciso cautela ao dar início a esta relação.


Portanto, aos pais que pensam em dar aos filhos um animal de presente, uma proposta de reflexão: a responsabilidade maior será sua em prover para este animalzinho, em educar e vigiar a relação entre a criança e o bichinho. Vc está disposto a isto?

Um pet não pode ser considerado objeto e tão pouco a solução para problemas de crianças impulsivas e hiperativas. Também não pode ser um mimo para a criança, pois além do amor, brincadeiras e companhia, a criança não pode se responsabilizar por cuidar do animal sozinha. Alimentar, vacinar, castrar, levar ao veterinário ao menor sinal de necessidade e por aí vai…

Costumamos pensar que ter um pet é o mesmo que planejar um filho.

Você precisa ter consciência de todas as necessidades e adaptações que terá que fazer em sua rotina para abrigar um ser peludinho e cheio de amor para dar.

Se no lar já houver crianças você deve repensar se terá o tempo necessário para dar início a uma relação segura (e também de confiança e responsabilidades) entre a criança e o pet.

É preciso educar as crianças sobre a maneira pela qual elas devem lidar com os animais. Crianças tendem a achar que são brinquedos, bonecos e daí não medem forças ou não vislumbram mtas vezes a crueldade, mesmo sem intenção, com que tratam um animal.

Elas não tem noção que o bichinho sente dor, que pode se machucar/ferir, quebrar a pata. Puxam rabos, beslicam, mordem, sentam em cima, empurram, jogam e por aí vai... eles tampouco tem a noção de responsabilidade de cuidar de uma vida, pois cabem aos pais esses cuidados e a constante vigilância para que o bicho não sofra algum acidente nas mãozinhas pequenas.

É neste primeiro momento que lições importantes para serem carregadas para o resto da vida são dadas e precisam ser ressaltadas como: animal não é brinquedo, animal merece respeito, amor, cuidados, animal não deve ser abandonado, animal não pode ser maltratado, animal sofre, sente medo, dor e fome. É o processo de formação de um ser humano ético, amoroso, de bom carater e consciente. Os animais são companheiros perfeitos para estes ensinamentos e é aí que enfatizamos o quão importante pode ser ter um animal para cuidar, desde que os pais assumam o compromisso maior.

As coisas não funcionam como num passe de mágica, mas a relação sólida de amor e respeito aos bichos se dá com a intervenção e a presença constante dos pais, com a vigilância e a orientação. Aqui, os pais devem estimular as crianças a valorizarem as boas ações em prol dos animais, afinal, “os pais são o espelho para o filho”. Crianças, a medida que crescem, vão tomando as lições por base nos exemplos que observam. Quando observam as ações de cuidados dispensadas ao pet, a criança vai imitar, vai querer participar. A criança vai ser um ser humano melhor!


Agora para ilustrar isso tudo um depoimento pessoal da Suyane, que assina este post em sua maior parte  - a Suyane também é colaboradora da nossa Página no Face:

“Vou usar minha experiência para dar o exemplo do início desta relação: O primeiro animal que adotamos foi uma hamster deixada embaixo das escadarias do condomínio onde moro. Quando apresentamos ela, pedimos que o nosso filho escolhesse um nome e colocamos ela na nossa mão e mostrando ao menino (4 anos na época) como deveria fazer carinho e carregar o bichinho. Sempre conversando que o bichinho não era brinquedo, que sentia dor e que merecia receber nosso carinho. Sempre estava perto quando a hamster estava com meu filho. Nunca os deixei sozinhos. Ele aprendeu a carregar o bichinho, a admirá-lo e até a me ajudar a dar comida. Foi através desta experiência que meu menino se apaixonou pelos animais. Hoje temos uma jabuti, três gatos adotados (dois deles sob o apelo emocionado do meu filhote) e um outro hamster. Guilherme todos os dias me ajuda a cuidar de cada um deles. Adora fazer carinho neles e ainda me dá bronca quando passo 1 minuto da hora de servir a comida dos gatos. O resultado desta árdua luta de aprendizagem (inclusive para mim, porque muitas vezes tive que ser disciplinadora firme quando meu filho fez alguma bobagem do tipo soprar na orelha do hamster ou girar a jabuti) é que meu filho quer alimentar os animais abandonados nas ruas, quer adotar os gatos, me chama para proteger uma iguana que aparece na redondeza e me pede para fazer a foto do pássaro que está na árvore. A maior gratificação é que sei que ele poderá multiplicar essa lição entre os colegas do bairro e da escola e ensinar valores tão importantes como amor e respeito para as próximas gerações. Em resumo: bicho não é objeto e a melhor coisa a fazer neste dia das crianças é dar um animal de brinquedo, ou melhor ainda, comece a construir com seus filhos o próprio brinquedo, pois isso é o começo para grandes lições e aprendizagens. Porém, se insistir em dar um animal, tenha a consciência desta responsabilidade dupla de ensinar a criança e de cuidar do bicho, proporcionando a ambos uma relação de segurança e de respeito.”

Então, neste dia das crianças, se for dar um animal ao seu filho, que seja de maneira consciente e para ensinar estas lições maravilhosas que só a convivência com bichinhos pode trazer: amor, ética, compaixão e caridade!

E para as grávidas e desavisados - um pouco mais de informação, porque combater o preconceito que Gatos são a fonte da Toxoplasmose no mundo é sempre bom:



Um beijo e feliz dia das crianças pra todos. Da Suyane, do Gui, do Cascão, do Simba, da Nina, da Hamster, do Jabuti, da May, do Panqueca, do Banzé e do Coicoi!

Gui e Cascão - salvo por ele na porta da escola onde estuda. o bebê estava sendo mal tratado por crianças que não tem boas referências em casa, com certeza!

Gui e Nina, a última resgatada da família!

Gui e o hamster.

Gui e o Simba.

Ju e sua recém nascida Mari e Simba, um dos vários filhos peludos que ela tem.
A Ju é uma das fundadoras do Adote um Gatinho

bebê Pilar e bebê Paçoca

Pilar e seus irmãos

João Pedro, outro salvador de gatinhos como o Gui e seus irmãos.

Sofia e Mandy

Sofia, Luna e Catarina








segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Final Feliz para os Velhinhos!

Oi gente, tudo bem?
Hoje vim aqui dar a atualização para vcs sobre o caso do Gordinho e do Madruguinha, personagens principais do conto dos sapatinhos velhos, lembram?

Primeiro quero pedir desculpas por demorar tanto para atualizar.

Eu prefiro ser sempre cautelosa e só comemorar a vitória depois que ela for certa. Pois bem, podemos comemorar juntos e felizes agora: MADRUGUINHA E GORDINHO FORAM ADOTADOS E MUITO BEM ADOTADOS, POR SINAL!

Depois da postagem aqui no blog, numa quarta-feira, o que eu nem podia imaginar que acontecesse tão rápido aconteceu: uma pessoa, através dos amigos do projeto Bicho Brother, entrou em contato comigo manifestando interesse pelos senhorzinhos.

Se eu já sou cuidadosa na hora das doações, resolvi ser 35 vezes mais, afinal eles são dois senhores maduros, que sofreram demais nos últimos dias antes da sua adoção, pulando de lar de passagem em lar de passagem, conhecendo a tristeza de não terem mais sua casa como referência e nem as suas pessoas.

Uma adoção mal sucedida poderia ser demais para eles, já que mudanças por si só já deprimem o sistema imunológico.

Pois bem, conversei bastante com a Janaína, possível adotante, por telefone. Fui chata mesmo!

Trocamos mensagens, emails e papos de Facebook para garantir que a casa estivesse pronta para quando eles chegassem e que ela estivesse consciente que apesar de super saudáveis, são dois senhores, né? Inspiram um pouco mais de atenção inicialmente, apenas para ter certeza de que estão bem e felizes.

Tudo acertado, a entrega ficou para o domingo, dia 8 de setembro. Quanta ansiedade me dá estes momentos!

Chegado o domingo, a Rebeca, amiga que já esteve aqui no A Vida com Gatos e que conhecia uma pessoa que conhecia a pessoa que estava doando os gatos, veio com os dois no carro me buscar para fazermos a entrega para a Janaína. Estava um mega calor e eles estavam cansados de viajarem tanto, porque vieram da Zona Leste para o Centro e seguíamos do Centro para Osasco, cidade que a Jana mora.

Marcamos num ponto do caminho para não nos perdermos e lá chegando encontramos uma menina atenciosa, preocupada, ansiosa e cheia de energia. :D

Fiquei um pouco confusa. Eu pessoalmente busco sempre estar calma e tranquila nestas horas, preparada para “ler” a pessoa de forma que se sentir alguma pontada estranha no estômago eu possa pegar o gatos e sair de lá correndo. 

Nem sempre estou com razão, claro, mas acredito que se a gente ouve com atenção aquela vozinha que fala diretamente aos nossos corações, normalmente fazemos a coisa certa. Sempre faço uma oração pedindo essa assistência. Sempre sou atendida e só posso sentir paz com as doações que fiz e intermediei.

Fomos para a casa da Janaína e só chegando lá que a minha vozinha começou a falar comigo. Até então estávamos todas um pouco entusiasmadas com a situação e eu, excessivamente preocupada que sou, estava um pouco zureta com a distância e com os gatinhos, viajando há tanto tempo, naquele calor, manifestando já alguns sinais de stress.

Entrando na casa da Janaína fomos recebidas pelo belíssimo Kaká, um enorme siamês alfa e pelo Dedeki, um pequenino e simpático persa.

Kaká, lindo e mandão.

Dedeki, persa com um olho de cada cor e muita doçura

Levamos os dois senhorzinhos para um quarto separado e oferecemos água, petiscos e ajeitamos todo o cantinho deles. Eles se esconderam no começo e não consegui nem abraçar nenhum dos dois e tirar uma foto pra guardar. As únicas são as que estão aí abaixo da chegada deles...

Uma coisa, no entanto, não saía de mim: qual o motivo de uma pessoa adotar dois senhores? Digo, as gateiras de plantão, protetoras e afins, seria óbvio que pudessem abrir seus lares e seus corações para eles, mas uma menina assim, do nada...?

A resposta da Janaína ajudou a trazer paz pro meu coração e fazer a minha vozinha concordar com a doação de vez: ela os adotou por amor, compaixão, compreensão do momento de vida deles e, principalmente, porque é bondosa. Não podia imaginar a vida deles sem sua dona, sem seu lar, sem um ao outro,  principalmente.

Esta história foi um pouco misteriosa e eu confesso a vcs que não sei afinal qual a versão verdadeira de tudo. Fato é que eles se tornaram sapatos velhos, fardos que precisavam serem doados a todo custo se não iriam para a rua (a Rebeca não deixaria isso acontecer, mas a Rebeca já tem uns 7 gatos no momento entre os dela e os da mãe), mas uns dizem que é porque as pessoas mudaram de casa e faltou espaço, outros dizem que a tutora faleceu...enfim, ninguém quis se responsabilizar por eles e isso é o que basta.

Os gatões ficaram um pouco desconfiados no começo, tanto os da Jana quanto os novos habitantes. 

Com paciência, feliway, amor e tempo tudo se ajustou e agora, um mês depois, todos estão bem!

O Kaká, que antes batia no Dedeki quando queria, encontrou um páreo para ele, protetor do Dedeki e imponente, o Madruguinha mantém a ordem no local. O Gordinho tb, mas ele é mais pacifista que o Madruguinha, que peita mesmo!

Todos se respeitam e se dão bem agora. Nada de fuz, nada de ódio. Harmonia entre 4 meninos amados e bem cuidados e a Jana feliz e com o coração cheio de amor.

Sobre a adoção, seguem as palavras da Janaina:

“O que dizer sobre esses Gatosos na minha vida? Primeiro me deparei com a história dos dois...me tocou profundamente qdo li que a dona havia falecido...pensei nos meus dois... o que seria deles caso ocorresse comigo...

Acredito que aproximadamente Uma semana depois me deparei com um texto do blog da May que o Eduardo Pedroso compartilhou no Bicho Brother ...foi a gota d´agua... Vi que se tratavam dos mesmos lindos e me tocou de uma forma que não posso explicar aqui.

Eu Já os Amo tanto!!! E já faz tempo!!! Só tenho que agradecê-los por trazerem ainda mais amor ao meu lar...que embora pequeno é de TODO CORAÇÃO... sabe aquela coisa.. "se eu pudesse eu lhe dava o céu e o mar"? é bem por aí!!!”

Então é isso!

Fiquem com uma sequência de foto das coisas fofas e até breve!

Chegando na casa nova:

chegando na casa nova, Gordinho, pra manter a fama, aceitou petiscar e foi saindo da caixa.


saiu, mas continuou desconfiado. logo depois se escondeu embaixo da cama e por lá ficou.


Madruguinha não quis nem saber de petiscar e nem de carinho. ficou na dele no cantinho da caixa.


depois até tentou se aproximar, mas de dentro da caixa, claro!

Agora que a casa já nem é mais  nova:

os 4 irmãos juntinhos.

Inseparáveis desde sempre

primeira exploração na varanda

afiando as garrinhas

mamãe Janaína e Madruguinha