terça-feira, 25 de setembro de 2012

um dia de primeiras vezes

A verdade é que eu estou com as emoções a flor da pele.

Já fiquei nervosa, chorei, rezei, gritei e continuo tensa, pq neste momento meu bebê Juquinha está passando pelo pós-operatório da CASTRAÇÃO dele.

Os gatinhos podem ser castrados a partir de 4 meses, mas não castrei o Juquinha antes por conta de algumas questões com a resistência dele. Uma delas os fungos.

Mas vamos ao que interessa. Um dia de primeiras vezes porque apesar de ter 3, nunca acompanhei a castração de nenhum gato antes. Pela primeira vez estive presente na cirurgia de um macho e de uma fêmea.

O processo começou ontem, tirando água e comida do Juquinha (e por "simpatia" dos outros tb, pq não dá para separá-los). É essa a preparação para a cirurgia - 8hs de jejum absoluto.

Encontramos com a Dra. Bia e ela logo começou os procedimentos. Aplicou uma sedação pra ir acalmando o pequeno e depois seguiu para a depilação das partes íntimas!

Dra. expondo as partes do bebê - ele já estava groguinho

Saquinho já bem exposto

últimos momentos antes da castração

Depois de depilado, a Dra. deixou ele como uma carinha muito engraçada, pois tirou a linguinha de dentro da boca pra garantir que ele conseguisse respirar direitinho e tudo mais.

relaxadão de linguinha de fora

com o terreno preparado para a operação

O próximo passo foi abrir um pequeno corte no centro do saquinho, entre as duas bolinhas e depois ir cortando algumas camadinhas que envolviam o testículo propriamente dito. Ela usou uma pinça pra segurar as veias e a cirurgia é bem limpinha e livre de sangramentos, além de muuuuuito rápida. Acho que não levou nem 10 minutos.



Depois de cortar, puxar, pinçar e dar um nó, a Dra. Bia cortou fora os testículos e o Juju já estava pronto pra começar o pós operatório, que envolvia um pequeno tempo de descanso até ele começar a querer levantar e a se mexer.

esta é uma das bolinhas do meu menino

aqui estão as duas bolinhas que ele tinha 

aqui o saquinho já vazio

descansando e esperando a hora de voltar pra esse mundo

Depois do meu bebê foi a vez da foooofa da Lailinha. O processo é todo igual e abaixo estão as fotos da castração dela. Passo a passo, desde a depilação.

 raspando a barriguinha da pequena

 já dopada e sendo posicionada

uma toelinha

de linguinha pra fora tb

começando a abrir as camadinhas até o útero e ovários

tirando o que precisava ser retirado

Tamanho do cortinho necessário - beeem pequeno

ovários pinçados nas pontas e os dois tubinhos são os locais onde os bebês se desenvolvem - impressionante!

Laila e Juquinha no descanso

O Juquinha não demorou muito para começar a voltar, mas enquanto ele dormia eu experimentava outra primeira vez, a de dar mamadeira para filhoticos recém-nascidos.

Esses bebês estão com menos de 5 dias e foram rejeitados pela mamãe. Estão sendo cuidados pelo AUG na mamadeira e em breve estarão fortinhos, gordinhos e felizes!

Que delícia que é dar mamadeira. Ver essas micro coisinhas agarrando o bico da mamadeira e sugando é SUBLIME...








Voltei para casa com o Juju antes do meio dia e estou sofrendo um pouco neste pós operatório, pq também é a primeira vez que passo por ele. Quem cuidou do Panqueca e do Banzé foi o Gil e todas as vezes em que cheguei em casa à noite depois da castração de algum deles, encontrei gatinhos grogues, mas tranquilos.

Juju ficou com o pescocinho maluco (pra quem assiste Pânico - igual ao pescoço do cara que está imitando o Cauã Reymond - hiláááário) e um pouco ansioso. Ficava dando com a cabeça no portãozinho da caixa de transporte e eu, burrica de primeira viagem que sou, cheguei em casa e achei que deixaria meu bebê feliz se abrisse o transporte e deixasse ele sair andando na sua zona de conforto.

Pois bem, tuuuudo errado. Ele está e estava muito doido. Não deveria tê-lo deixado sair, pq ele se tacou em todos os cantos possíveis, se bateu, se torceu e acabou fugindo de mim como o diabo da cruz. Além do risco de se machucar seriamente, tipo traumatismo craniano, por conta da anestesia, ele ainda bateu o saquinho e sangrou horrores. Única parte péssima disso tudo e 100% culpa minha.

rastros de sangue pelo quarto 

O pós deve ser tranquilo, se a mãe tiver paciência, deixar o gatinho se acalmar, não soltar na hora que voltar pra casa e só. Eu fiz tuuuudo ao contrário e to me sentindo péssima, mas agora ele parece bem. Está escondido embaixo da cama e ainda não quis comer e nem beber, mas não está mais se debatendo por aí.

Vcs sabem o quanto castrar é essencial, né? Se não, dá só uma olhada AQUI.

Além de todos os benefícios que traz pro animal e pro seu dono, é suuuper tranquilo, como vcs puderam ver pelas fotos.

Quem ama, castra mesmo! Não se esqueça que gatinhos não namoram por amor, não procriam porque querem construir uma família e viverem felizes para sempre. É um chamado da natureza, apenas. 

Em tempo, o Adote um Gatinho comemorou esta semana 5 mil gatinhos doados. 5 mil gatinhos que foram resgatados de situações de risco, maus tratos, abandono, fome, frio e outros perrengues e que hoje vivem numa casinha só sua e com tudo o que merecem.

Vale a pena ajudar, né? Ajude sempre!

A gatinha 5 mil é a Babu, ceguinha de um olho, mas linda e doce!



Até mais, pessoal. Estou terminando umas pesquisas a respeito de areia sílica e outras para postar aqui, a pedido da leitora Glenda!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cuidando de um Filhote - instruções básicas

O Papo com o Doutor de hoje está ótimo para as mamis de primeira viagem ou para aquelas que ainda estão considerando a possibilidade de adotar um filhotinho de gato.

Doutor, quais os principais cuidados com os filhotes de gato?

I. Considerações Gerais

Ter um gato envolve prazeres e responsabilidades. Ao chegar, o filhote deverá receber muito carinho e atenção, a fim de que se acostume com a sua nova família e habitat o mais rápido possível. Nunca devemos esquecer de que a saúde de seu amiguinho dependerá de você.



Inicialmente nosso amiguinho deve receber um nome e passar a ser chamado por esse sempre, para que no futuro ele atenda o seu dono quando este o chamar.

Nos primeiros dias deve-se ter paciência para obter sucesso nos ensinamentos. 
Eles podem ficar escondidos, assustados, fazerem as necessidades fora do lugar, deixarem de comer e beber água e mudar de comportamento em função do novo ambiente e novos tutores, mas com amor e cuidados a situação não deve demorar mto para normalizar.

Sempre exercite seu filhote e dê a ele oportunidade de fazer o xixi e cocô imediatamente após acordar, alimentar-se e/ou brincar.

O segundo passo é realizar um check-up veterinário para saber de suas condições de saúde e iniciar o esquema de vacinação e vermifugação do animal, medidas estas de grande importância para a vida futura do animal bem como de seus proprietários.

II. Vacinação

Em termos imunológicos, o conceito de vacinação é o uso da resposta de memória ao antígeno, para eliminação de patógenos antes que estes causem moléstia. Portanto a vacinação visa à prevenção ou regressão e desaparecimento de determinadas doenças. 



O esquema de vacinação do gato inicia-se aos 60 dias de vida, sendo o seguinte:

1ª dose de vacina quádrupla ---------------- 60 dias de vida
2ª dose de vacina quádrupla ---------------- 90 dias de vida
Anti-rábica ------------------------------------- 90 dias de vida
Revacinação anual com vacina quádrupla e anti-rábica



A vacina quádrupla promove imunização contra o vírus da:

Panleucopenia felina: é causada por um vírus pertencente à família Parvoviridae, sendo classificado como parvovírus felino. Este vírus é encontrado em todo o ambiente e é altamente contagioso. Seu reservatório são os próprios gatos, sendo transmitido através do contato direto entre animais doentes e susceptíveis, por meio de alimentos, água contaminada, excreto, vômito e também por aerossóis, em casos de comprometimento do trato respiratório.

Rinotraqueíte: é uma grave doença que ataca o aparelho respiratório de gatos. É causada pelo Herpesvírus Felino 1 (HVF-1). O HVF-1 é transmitido por contato direto de gatos infectados a gatos com baixa imunidade, geralmente filhotes. Gatos recém-nascidos possuem anticorpos maternos que os protegem da infecção, mas à medida que eles começam a perder essa imunidade, tornam-se altamente suscetíveis. Outros fatores que contribuem para a infecção são: subnutrição, higiene pobre do local e tamanho da população.

Calicivirose: É outra séria infecção respiratória dos gatos. Os sinais da infecção são febre, falta de apetite, e corrimento nasal, mas gatos infectados também podem apresentar úlceras na língua. A transmissão é obtida através dos corrimentos infecciosos e macro gotículas que entram em contato com a mucosa oro nasal.

Clamidiose: O agente causal pode se disseminar através das secreções dos animais acometidos. São comuns as seguintes vias de transmissão: contato com objetos contaminados, como gaiolas, comida, água, panos, escovas e pentes. Contato direto com boca, focinho ou descarga ocular de gatos contaminados. Gotículas em suspensão causada por espirros e tosse. Gatos portadores, apesar de não apresentarem sintomas, podem disseminar o agente (principalmente após eventos de stress). Apesar de incomum é possível a transmissão à humanos (zoonose), causando nestes a conjuntivite.

A vacina anti-rábica realiza a imunização contra o vírus da raiva que ataca o sistema nervoso do animal, levando- o a alterações de comportamento como fúria, ou calma excessiva, olhos fixos e inexpressivos, salivação excessiva e aberrações do apetite, podendo também ocorrer paralisia.
O esquema de vacinação, bem como a sua realização deve ser feito apenas pelo médico veterinário.

Após o inicio do esquema de vacinação o proprietário irá receber a carteirinha de vacinação contendo os dados do animal, o selo da vacina, a data das vacinações e o visto do médico veterinário. Essa carteirinha é o comprovante de que seu animal esta imunizado.

III. Controle de Parasitas

Endoparasitas

Os endoparasitas são aqueles que se alojam no interior do organismo do animal, podendo causar sérios prejuízos a saúde do gato. Os mais comumente encontrados são os parasitas gastrointestinais, renais e circulatórios.

O contagio se dá através da via transplacentária em recém nascidos, através de ectoparasitas e através de contato direto ou indireto com fezes e urina de animais contaminados.

O controle e a prevenção se dá conforme utilização de vermífugos.

Para conseguir bons resultados, a vermifugação deve ser realizada pelo médico veterinário, que irá determinar o principio ativo e a dose adequada, associando a vermifugação a requisitos básicos de higiene do animal.

O programa de vermifugação inicia-se com filhotes de três semanas de vida e prossegue sendo feito a partir daí um programa profilático a cada quatro ou seis meses de intervalo durante toda a vida do animal.

Ectoparasitas

Os ectoparasitas são aqueles que se alojam por sobre o corpo do animal, causando distúrbios dermatológicos e sistêmicos. Os mais comumente encontrados são as pulgas, carrapatos, ácaros e piolhos.

O controle destes parasitas se da pela orientação do médico veterinário, que irá determinar o principio ativo, a dose adequada e o intervalo de utilização do medicamento a ser utilizado, associando a requisitos básicos de higiene ambiental.

IV. Banho e Higienização

O primeiro banho do gatinho só deve ser feito após ele ter recebido a última dose de vacina. Antes desse período o que se recomenda é a realização de banhos secos, realizado em locais apropriados e com a orientação de um médico veterinário.

O mais indicado para a realização dos banhos após o término da vacinação, é que sejam feitos em locais especializados, onde todos os cuidados são tomados.

No mais o que se recomenda é que eles sejam feitos em intervalos quinzenais ou mensais. 

Para se realizar banhos em casa deve-se utilizar sabonete neutro ou de preferência produtos específicos para gatos. O banho deve ser feito em período quente do dia e utilizar água morna. Deve-se tomar extremo cuidado com as orelhas do gato impedindo a entrada de água utilizando algodão e deve-se secá-lo com toalha e secador. 

O ato de escovar os pelos deve ser feito diariamente, principalmente em gatos de raças de pêlo médio e longo, devendo utilizar raspadeiras e/ou escovas próprias para gatos, podendo utilizar perfume somente específico para gatos.

A tosa é um ato de embelezamento e higiene para o gato, que deve ser realizada conforme o crescimento do pelo e o padrão da raça do animal (algumas raças não necessitam). A tosa deve ser realizada apenas em locais especializados com profissionais capacitados.

Outros fatores de higienização do animal como a limpeza dos olhos, orelhas, dentes e unhas devem ser feitos e/ou recomendados pelo médico veterinário.

Lembre-se que o gato é um animal extremamente higiênico, e ele mantém-se constantemente limpo.

Sapão (irmão do Panqueca) no pós banho - acho que ele ODIOU! 

V. Alimentação

Uma dieta adequada é essencial para que o animal tenha uma ótima saúde e desenvolvimento em todas as etapas de sua vida.

O gato deve permanecer com a mãe até o desmame. Após este período o proprietário deve fazer a introdução da alimentação que o animal receberá, optando por ração. Sabe-se hoje que o mais indicado para o animal é a administração de ração.

Para cobrir todas as necessidades energéticas diárias, o alimento deve conter de maneira equilibrada proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais.

As necessidades protéicas no gato são bastante elevadas, onde estas fornecem aminoácidos essenciais para o seu crescimento e renovação dos tecidos.

As gorduras fornecem a energia, e também ácidos graxos essenciais que sintetizados atuam na renovação da pele e no funcionamento hepático. Deve-se salientar que o excesso de gorduras leva ao risco de um excesso de peso e suas conseqüências.

Os gatos requerem um regime alimentar rico em vitaminas, já que seu organismo não as sintetiza em quantidades suficientes, mas cuidado com o excesso que pode causar grandes transtornos em especial, problemas ósseos. A vitamina A é indispensável à visão e a pele e as vitaminas do complexo B intervêm na utilização das proteínas, das gorduras e dos carboidratos.

A utilização de minerais serve para prevenir a aparição de eventuais casos de cálculos que podem vir a obstruir as vias urinárias, onde o alimento não deve conter demasiadas taxas de material mineral, o suficiente para manter o PH urinário ligeiramente ácido. 

Inicialmente, a mudança de alimentação materna requer certa paciência. O gato deve receber alimentação à vontade diariamente quando ração, devido ao seu instinto alimentar, onde ele regula bem o seu consumo energético, mas deve-se acompanhar a evolução do peso do animal. A água a ser oferecida deve ser filtrada e estar sempre fresca e a vontade para o animal. O gato é um animal que bebe pouca água por isso produz uma urina bastante concentrada.

No uso da ração, o médico veterinário irá instruir sobre qual tipo de ração é a mais indicada, existindo variações grandes entre marcas e a faixa etária do animal.

A administração de complexos vitamínicos e/ou minerais fica a critério do médico veterinário.

A alimentação e a água devem ser ofertados em vasilhas distintas e específicas para com a idade e a raça do animal. O local de alimentação deve ser escolhido e mantido pelo proprietário, de preferência que de fácil acesso para o animal e para a realização da limpeza.

VI. Habitat

O local onde o animal irá comer, dormir, fazer suas necessidades e permanecer fica a critério do proprietário, salvo alguns casos extremos onde o veterinário deve ser consultado e orientar.

Esses locais devem ser de fácil acesso para o animal e para o proprietário, devem ser abrigados da chuva, arejados, limpos e secos.

O local de dormir pode ser uma casinha, cesto, almofada ou lençol, onde deve ser mantida uma constante higiene. O animal deve ser ensinado a realizar as suas necessidades em local apropriado, de preferência uma caixa sanitária contendo granulado específico, podendo-se utilizar produtos que auxiliem no adestramento.

A limpeza desses locais deve ser feita regularmente. Podem-se utilizar os produtos de limpeza habituais do dia-a-dia, salvo em casos que os animais manifestarem um processo alérgico a esses. Durante a limpeza retire o animal e só permita a sua volta após a total limpeza do local (limpo e seco).

VII. Considerações Finais

Deve-se ter em mente que o animal age por instinto, e assim suas atitudes se caracterizam como se ele estivesse "livre" na natureza. Portanto ele deve ser educado insistentemente e corretamente a fim de que seja adaptado dentro de sua nova realidade, juntamente com seu novo lar e família. 

Além do seu instinto animal o gato possui uma forte personalidade, e esta deve ser respeitada e combatida, mantendo-se um equilíbrio.

Vale salientar que para repreender o animal deve-se utilizar principalmente o olhar e o tom de voz, pois gritos e surras não adiantam para adestrá-lo e só servem para o tornar inseguro e medroso. Lembre-se que quando o gato realiza algo corretamente ele deve ser recompensado, para assim estimulá-lo a possuir o instinto que se enquadre na sua nova vida.

- Eu recorri aos sprays de água com o Panqueca, o único que consegui e precisei educar mesmo. Na hora de recompensar sempre dei as balinhas de Whiskas Temptations.

Lembre-se que hoje em dia encontra-se disponíveis no mercado toda uma linha de produtos especializados para gatos. Assim procure sempre utilizá-los rotineiramente, o que será ótimo para o gato e ótimo para o proprietário.

Tome muito cuidado com produtos químicos, inseticidas, raticidas, desinfetantes, plantas tóxicas e objetos que podem ser engolidos ou causarem ferimentos nos animais.

Caso você perceba algo de estranho fisicamente ou no comportamento do seu animal, procure imediatamente o seu médico veterinário de confiança e ele indicará qual o problema e qual a melhor solução. Uma visita trimestralmente ao médico veterinário, mesmo que o animal não apresente alterações, é indicada para mantê-lo sempre com a saúde em perfeitas condições, assim nem o animal nem os seus proprietários terão problemas.

Dr. Leandro Neves Camacho - Médico Veterinário (atende em domicílio e com maior facilidade ainda no ABC)
CRMV / SP 16.029
Tel: 11 97686-7337

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Atualização sobre o Odin

Ontem recebi da Ana dois vídeos que me deixaram muito feliz e quero compartilhar com vcs, que acompanharam a tragédia do Odin e ajudaram a dar uma nova chance para ele.

Pra quem não sabe, o Odin levou uma paulada na cabeça, clique aqui para ver a história toda. 

Ele quase morreu, sofreu o diabo com cirurgias, sondas, troca de sondas, cegueira e incapacidade de se alimentar sozinho por um tempo, mas com a força que Deus lhe deu, a perfeição da natureza e a ajuda e dedicação de tantas pessoas, hoje ele é um gatinho praticamente normal.

Num dos vídeos ele aparece afiando as unhas na grama e no outro brincando. Não dá nem pra acreditar que é cego. :)

Agora esse guerreirinho está aguardando uma nova família que lhe dê uma casa segura e sem acesso a rua, amor, comidinha boa e a paz que ele merece.

Está num LT bacana, sendo mto amado, paparicado e bem tratado, mas ele merece a exclusividade de pertencer a alguém muito especial, afinal para adotar ele tem que ser especial mesmo, já que ele ficou tortinho e ceguinho.

Odin bem acompanhado

Uma ótima semana a todos. Que estes vídeos sirvam para injetar ânimo na gente e provar pra nós que mesmo sendo pouco, quando fazemos alguma coisa tudo melhora! 





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Câncer de pele em gatinhos

Esses dias a minha amiga Flavia me sugeriu que fizesse um post sobre esse assunto.

Eu sempre achei que todo mundo que tem gato de pelagem clara ou branca já soubesse que eles são fortes cadidatos ao câncer de pele, mas ela disse que não sabia (e ela tem uma gata branca) e que muita gente que conhece tb não sabe.

Pois bem, o câncer é uma realidade para cães e gatos tb.

Os animais de pelagem clara possuem a pele sensível e branquinha e, se expostos ao sol indiscriminadamente, podem desenvolver a doença.

A razão para eles serem os mais atingidos por este problema é bastante simples: menos cor, menos proteção na pele.

O ideal é que seu gatinho branco, branco com tigre, amarelinho de nariz rosa, tricolor ou qualquer outra variação clarinha, fique exposto ao sol por um tempo breve e supervisionado - afinal eles precisam de sol todos os dias - mas nunca entre 10hs e 16hs.  Outra opção é aplicar protetor solar nas áreas mais críticas, que são NARIZ, EMBAIXO DOS OLHOS e ORELINHAS, áreas com pouco ou nenhum pêlo.

Nina nariz rosa - requer cuidados com o sol

A causa do câncer é uma mutação nas células. Com a exposição ao sol e seus raios UVA e UVB, as células começam a se transformar e, quanto mais expostos, mais propensos ao desenvolvimento da doença, pois estes efeitos de mutação são cumulativos.

Os sinais do câncer de pele são bem visíveis: feridinhas que não cicatrizam nestas áreas, principalmente.

Se vc notar qualquer pigmentação estranha ou machucadinho (por menor que seja) no seu gatinho, vale uma visita ao veterinário. Uma coisa são arranhões, feridinhas que vc reconhece pelo formato, outra são feridinhas de câncer, ok?

Outra coisa que pode surgir em gatos expostos ao sol são as "sardas". Elas não significam doença, mas de certa forma são um aviso de que aquele animalzinho está se bronzeando demais.

 ruivinho sardento!

No Adote Um Gatinho as meninas indicam uma veterinária especializada em Oncologia, caso vc tenha alguma suspeita. O nome dela é Renata Sobral e ela atende no Provet.

Você também pode ler mais a respeito deste assunto no site dela. É só clicar!

Quanto aos protetores que podem ser utilizados em gatos, existe um protetor de fator 30 da Pet Society e seu valor mínimo é de R$ 30,00.

MUDAAAAANDO DE ASSUNTO....

Hoje ganhei um presente muito especial. O Punk e o Banzé foram imortalizados em pura arte.


A minha amada amiga Gabee Meyer, a mesma que criou o fundo deste blog, fez uma ilustração MARAVILHOSA dos meus amores e eu não vejo a hora de enquadrar e olhar para ela todos os dias numa parede de casa.

To ansiosa para ver o que ela fará com o nenê Juquinha, mas saca só que beleza:

Panqueca e Banzé aos olhos da Gabee


Pra quem quiser babar um pouco mais no trabalho dela, corre nesse site aqui!

Beijos e até breve, pessoal!!!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Um grito


To super emocionada. É um daqueles textos que começam como um desabafo acima de qualquer coisa. Depois vc lê, relê, edita e talvez publica. O objetivo é ventilar e quem sabe se alguma pessoa que estiver aí lendo puder se conectar, puder sentir um pouco e puder tomar alguma atitude que lhe caiba, que bom. A small victory. Se não, tb não tem a pretensão de apontar o dedo na cara de ninguém e dizer: “vc deveria fazer alguma coisa, tomar partido, lutar alguma luta!”. É pura e simplesmente um desabafo. O segundo neste blog.

Na semana passada tomei conhecimento de um caso de 10 cães vivendo com seus tutores nas ruas. Uma pessoa pedia comida para os cães. Não me aprofundei no caso das pessoas naquele momento, pois já sabia que por elas poderia fazer pouco e por elas já tem gente fazendo.

Esta era a foto do pedido de ajuda - casal vivendo na rua (no caminhão, no caso) com seus mais de 10 cachorros - precisam de comida.

É sempre pouco. Sempre pouco pelas pessoas e menos ainda pelos animais. Eu escolhi na vida cuidar deles com o pouco que posso fazer. Não é por falta de amor aos seres humanos (não que eu seja capaz de amá-los o tempo todo), mas por amar mais aos animais. Amor gratuito, visceral e puro. Amor que a gente sente no corpo e na alma ao mesmo tempo e pode até pensar que vai explodir. Esse amor. Amor sentimento, sem depender de alguma razão.

Pois bem, uma amiga de batalha, a Flavia, topou comprar comida pros cachorros comigo. A gente faria um pedido numa pet virtual do mesmo tipo de ração e depois quando chegasse a gente se viraria, já que nenhuma das duas tem carro, pra levar a ração pros cachorros.

Pois bem, quando nos deparamos com nossos sacos de 15kg de ração percebemos que a “encrenca” era maior. No caso bem maior e pesada!

A Keka, minha amiga que mora nas redondezas de onde este casal está acampando e tb companheira de batalha, se ofereceu para entregar. Tudo resolvido. Corrente do bem: ração comprada, entrega programada e cachorrinhos alimentados.

A Kátia, pessoa que postou o primeiro apelo no Facebook me contou que a Record tinha ido gravar com eles e hoje me mandou o link do vídeo. Se quiser ver clique aqui!

Finalmente tomei conhecimento da realidade total destas pessoas e animais. A emoção tomou conta de mim e aqui estou eu. O lance todo foi ter visto o vídeo e entendido.

a "casa" do casal de senhores e seus cachorros

Foi ter tido contato com todas as sensações que te tomam ao se deparar com uma realidade destas. Pelas pessoas e pelos animais.

Aquelas te levam a falar com Deus, a chorar, a se questionar, a querer dar um grito pra todo mundo ouvir, a de sentir o peso de precisar fazer alguma coisa, a de perceber que esta situação tb te pertence de alguma forma, porque este é o mundo em que vc vive, este é o seu país, esta é a sua prefeitura, este não é seu dinheiro sendo utilizado devidamente...

Aquela sensação que te faz querer fazer alguma coisa, seja para pressionar as autoridades desta nação, seja  pressionar as pessoas a pensarem fora da casinha e assumirem alguma responsabilidade de alguma coisa nessa merda toda em que vivemos - pode ser votando melhor, cobrando melhor, compartilhando alguma coisa absurda como estas, doando comida pra essa senhora,  um pedacinho de terra, oferecendo um emprego de caseiro pra eles, comida pros cachorrinhos, sei lá!

Bem, acho que afinal eu me sinto apontando um dedo mesmo...

Dá sempre pra pensar em ser útil e ser. Aprendi isso com a Juliana, uma das fundadoras do Adote um Gatinho.

Dentro do seu propósito, dentro da sua limitação. Ninguém precisa pegar esse casal, levar pra casa e cuidar. A gente só precisa se educar, lutar, escolher melhor e nunca esquecer que nada disso que a gente "tem" é nosso, dividir um pouco é só o que precisamos...

Enfim, fiquei louca. Estou até agora. A Keka me disse palavras que me fizeram mais calma e as quais gostaria de compartilhar com vcs (mais isso!), pq sei que muita gente que frequenta este blog tb é formiguinha:

“trabalho de formiguinha amiga... o beija-flor jogando agua com seu mini bico.
mas alguém tem que começar por algum lugar, né?
vou levar uma comidinha pra eles. e a ração pros de 4 patas.
estamos fazendo algo, formiguinha!!! fique tranquila e em paz com o que está ao seu alcance!
e de pensar que tem gente que não faz puerra nenhuma... e poderia fazer TANTO!
um beijo!”

Agora o que mais eu posso fazer? Ela está certa.

Agradeço a Deus pelas oportunidades que me dá de fazer alguma micro coisinha que seja, agradeço a ele por umas amigas como estas, que tb pensam assim e que fazem parte de uma Corrente do Bem e sei lá, choro as pitangas por aqui neste blog pensando que muita gente pode me achar uma hipócrita, muita gente pode achar que é fachada, muita gente pode achar que eu quero só bombar meu blog (ai se eu quisesse, né? Não to sucedendo! Sei que existem poucos e amados frequentadores. Obrigada. É com vcs que eu falo sempre!), mas a verdade é que eu precisei colocar pra fora mesmo, do meu corpo e do meu coração. Eu penso tb que ficar quieta não ajuda em nada mesmo, então essa é a minha tentativa de falar com as pessoas que não fazem parte do meu ciclo...

Tem aquela frase que pessoas que fazem sua parte e que me inspiram muito sempre usam e que foi dita por uma pessoa que mudou o mundo: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons” – Martin Luther King.

Pois bem. Dei meu mini gritinho virtual...alô? Alguém “ouviu”? To por aqui...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Vida com Gatos de Danielle Santos

Hoje este post está muito significativo para mim. Não que algum deles não seja, mas estes dois gatinhos da entrevista de hoje fazem parte da minha história.

Trabalhei durante dois anos no Bom Retiro, bairro famoso pela quantidade de animais abandonados em suas ruas, praças e estabelecimentos públicos.

É sujo demais, então as pessoas acham que gatos por alí são úteis para caçar ratos e ponto (dedetização, hello?). Se estiverem prenhes, se emprenharem alguma gata de rua, se estiverem doentes ou se o estabelecimento fechou, ninguém se importa com os bichos. Seguem a vida e eles ficam lá, vivendo em colônias e reproduzindo aos tubos.

Eu sempre acompanhei algumas destas colônias e uma das que mais mexeu comigo foram os gatinhos do Itaú. Minha história com a AUG começou por conta desta colônia, que alimentei durante meses e meses, chorei por causa deles durante meses e meses, até que pedi socorro para 3 futuras mamães e estes dois filhotinhos deste post.

Me autorizaram entregar 6 ou 8 gatinhos no abrigo. As mamães pariram nas ruas, outros que viviam escondidos em um gerador no jardim do banco apareceram e eis que este resgate resultou em 26 gatinhos fora das ruas!

O caveira e a irmãzinha, como eu os chamava na rua, foram junto. Eram dois bebezões de uns 4 / 5 meses quando foram resgatados e eu me prometia que se eles não fossem adotados, eu os levaria pra casa assim que mudasse.

O Caveira, hoje chamado de Shrek, era muito meu amigo. Ele pedia carinho pela grade do jardim do banco, pela janela de vidro quando eu estava no banco brigando pra alguém abrir o jardim pra mim e a irmãzinha, hoje chamada de Fiona, fazia auto carinho e miava pra chamar a atenção. Eles viviam grudados.

Princesinha e Caveira no jardim do banco antes do resgate

Pitiquinha linda

xodó da vida

 Oi tia. Cadê a comida?

 triste era ter que deixá-los todos os dias.

Um dia estava lá no abrigo atendendo as visitas e esse casal bacanérrimo chegou. Escolheram meus bebês.
No dia que fui entregar, dia 03 de dezembro do ano passado, Deus me deu um presente, o Juquinha.

Naquele mesmo dia meus amores ganharam uma casa sensacional e eu um filhotico novo.

Sem mais, segue a entrevista da Dani e do Rafa, marido dela.


Nome: Dani e Rafa

Idade: 26 e 31

Profissão: Somos psicólogos. O Rafa passa o dia todo fora e eu tenho horários mais flexíveis, então nossos gatos não ficam muito tempo sozinhos.

Filhos? Idades? Moram com os Gatos tb? Não temos filhos (humanos) rs

Gato (s) (nomes e idades):
Nossos filhos felinos são irmãos: Shrek e Fiona, estão com 1 ano e 2 meses.

Os rapazes da casa Rafael e Shrek 

As meninas Dani com Fiona

Desde de quando você tem gato? 
Sempre tive gatos, desde criança. Tenho outra gatinha (Shandra) que vai fazer 11 anos e mora com meus pais. O Rafa também já teve gatos e seu outro gato (Smeagal) vai fazer 3 anos e também mora com seus pais.

Comprou, adotou, ganhou ou achou? 
Nunca comprei gatos. Encontrei a Shandra recém nascida na rua, ela ainda nem tinha aberto os olhinhos. O Smeagal é um persa que foi comprado num gatil. Já o Shrek e a Fiona foram adotados na AUG.

Por que Gato? 
Já tive cachorros e gatos e amo os dois, mas como moramos em apartamento seria mais difícil cuidar bem de um cachorro. Já com os gatos é mais tranquilo não ter que sair pra passear, evitar problemas com os vizinhos por causa do barulho e poder fazer viagens rápidas sem ter que mobilizar familiares pra cuidar deles.

Para você, como é a vida com gatos? 
Maravilhosa! Cada dia acontece algo novo, eles descobrem lugares e brincadeiras diferentes, são suuuper carinhosos, companheiros. É como se fossem filhos mesmo, porque nos preocupamos se ficam doentes, compramos presentinhos quando saímos, conversamos com eles, damos bronca, somos acordados no meio da noite quando estão carentes. É tudo de bom!

Conte alguma situação curiosa que passou com seu (s) gato(s)? 
Esses dias estava fazendo as malas para viajar e quando fui colocar as roupas dentro da mochila, o Shrek estava lá dentro e já usava como saco de dormir, porque não saia de jeito nenhum! Tive que esperar ele tirar um cochilo para conseguir colocar as roupas. Em outra situação nós tínhamos acabado de montar a árvore de natal (vulgo: Playground de gatos) e é claro que não duraria muito tempo; no meio da noite acordamos com o barulho e vimos a árvore tombada, a Fiona com cara de paisagem olhando pra gente e o Shrek com os olhos arregalados escondido debaixo da mesa....quem será que derrubou? 
Outra situação engraçada foi quando substituímos o pote de água por um bebedouro maior, o Shrek logo descobriu que era muito divertido pegar seus brinquedos e dar banho neles ali – era assim: pega o ratinho pelo rabo e joga na água, pega o ratinho da água com a pata e joga no chão, pega outro ratinho e joga na água...até que a empolgação foi tão grande que a pata bateu e o bebedouro tombou molhando toda a cozinha. O mais engraçado foi ele desesperado tentando correr e escorregando no chão molhado. Foi só risada nesse dia.

Conte um pouco sobre como são seus gatos e sua relação com eles? 
Como deu pra perceber o bagunceiro da casa é o Shrek. Ele vive aprontando e pentelhando a Fiona, corre atrás dela e brinca de MMA (o forte dele é a luta de solo), também é um gato super carinhoso e carente, “chega chegando”, pisando no teclado do computador, no livro, no vídeo-game até subir no colo e deitar todo esparramado ronronando e pedindo carinho. Suuuper fotogênico, adora fazer pose pra foto. Sempre foi o primeiro em tudo, encontrar a água e comida, subir na janela e na cama. Já a Fiona é uma legítima princesinha, toda delicada, só falta pedir licença pra subir no colo. É suuuper companheira e faladeira quando está carente, se joga no chão e fica pedindo carinho. É mais quietinha e não gosta muito de ser pega no colo. Adora brincar com o próprio rabo e com qualquer papelzinho que cai no chão. É fissurada por biscoitinhos e adora tomar sol na janela de manhã. Os dois são muito unidos e apesar dos tufos de pelo que arrancam um do outro às vezes, só dormem juntos e vivem se lambendo. Nós os tratamos como filhos e não conseguimos imaginar nossas vidas sem eles. Estamos sempre filmando ou tirando foto das peripécias dos dois. Aliás, May te agradecemos muuuito por ter resgatado nossos tesouros, viu! 
(e eu te agradeço por cuidar deles, Dani. Por amá-los, mimá-los e por me permitir manter contato. Quando a gente resgata um bicho de rua, a gente sonha uma vida pra eles. Vcs estão dando a vida que sonhei pra esses dois.)

"se eu me esconder aqui toda vez que aprontar alguma, ninguém vai saber da minha culpa!"

"Mamãe, desta vez foi culpa dela!!"

Se você pudesse dizer alguma coisa para uma pessoa que não gosta ou tem preconceito contra gatos, o que vc diria? 
Acho que como em qualquer relacionamento com qualquer ser vivo é preciso dar chance para conhecer. Os gatos são realmente diferentes dos cachorros, às vezes demoram mais pra se vincular, ficam desconfiados com pessoas estranhas, mas quando você dá a chance de respeitar o tempo deles e conhecer melhor, eles se mostram como realmente são: carinhosos, companheiros e muito fiéis. E quando você percebe, já estão esparramados no seu colo ronronando e pedindo carinho.