terça-feira, 31 de julho de 2012

A Vida com Gatos de Rebeca Simone


Idade: 30 anos

Profissão (comente quanto tempo por dia seu gato passa sozinho): Eu sou designer, mas trabalho em casa, então fico com os gatos praticamente o dia todo.

Gato (s) (nomes e idades): 
Galadriel - persa branca - 11 anos
Leão  -  tigrado - mais ou menos 8 anos 
Sid - preto & branco - 1 ano

Rebs rodeada de seus 3 filhotes!

Desde de quando você tem gato?
A minha família sempre teve gato, desde antes de eu nascer.

desde nenêzinha cercada de gatinhos...quanta sorte!

Comprou, adotou, ganhou ou achou? 
A Galadriel a gente pegou com uma conhecida da minha mãe. Nesta época eu ainda morava com a minha família. A gente tinha outros gatos e, como ela se apegou muito a mim, quando fui morar sozinha, levei comigo. O Leão eu peguei no Adote um Gatinho.
O Sid eu achei na rua, estava com rinotraqueíte e infecção no ouvido. Cuidei e hoje está um gatão.

Sid quando foi encontrado pela Rebs - todo podrinho e pequenino

Sid hoje - dispensa comentários!

Por que Gato? 
Porque eu não sei como é viver com outros bichos. Adoro cachorros também, mas nunca tive um.

Para você, como é a vida com gatos? 
É maravilhosa! Eles ficam comigo quando estou sozinha, me alegram, me fazem dar risada...

Conte alguma situação curiosa que passou com seu (s) gato(s)? 
Quando a minha avó estava com câncer, uma das gatas da família, a Vicky, ficou no pé dela dela dia e noite, fazendo companhia. Ficou cuidando da minha avó até ela ir pro hospital e não voltar mais. Depois disso, minha mãe acabou "herdando" a gata, que está na família até hoje.

Conte um pouco sobre como são seus gatos e sua relação com eles? 
No geral, meus gatos são bem anti-sociais. Não podem ouvir o barulho da campainha que se enfiam logo embaixo da cama. A Galadriel é a mais velha e cheia de manias. É muito carinhosa comigo e com Bruno, meu marido. Gosta de ficar no nosso colo o dia inteiro. O Leão é muito medroso. Como passou uma vida muito sofrida antes de ser resgatado, é desconfiado e demorou muito pra eu conseguir chegar perto dele. Hoje é mais amável e ama a Galadriel. Eles fazem até panelinha contra o mais novo, Sid (Vicious), que foi batizado assim pelo Bruno porque é um capeta! Ele tem a energia de 4 gatinhos e é meio arisco às vezes, muito ciumento comigo, mas é adorável.

Se você pudesse dizer alguma coisa para uma pessoa que não gosta ou tem preconceito contra gatos, o que vc diria? 
Diria que tudo o que se ouve sobre gatos, aquela coisa de interesseiro, traiçoeiro etc, é mentira. Gatos são amáveis, carinhosos, sentem sim a falta do dono, gostam de cumprimentar quando você chega... São apenas diferentes dos cachorros. Bom, e daí se a pessoa não gosta de bicho nenhum, eu acho que ela tem algum problema.

Galadriel e todo seu charme pufoso de menina! 


Leão - tigrão que sofreu mto, mas chegou na ONG e teve a sorte de ser adotado pela Rebs!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

mea culpa

Oi pessoal!

Estou passando rapidamente para fazer minha mea culpa: desculpem a ausência e a demora em postar novidades. Tenho Papo com o Doutor atrasado, várias entrevistas bacanas pra AVida com Gatos, mas estou completamente sem tempo e sem acesso ao meu computador, onde tenho tudo salvo.

Sei que existem alguns leitores que me acompanham e peço perdão pra vcs, especialmente! Não desistam do blog!!!

Aproveito para compartilhar uma preocupação...o meu pequenino, meu caçula Juju.

meu pititico cheiroso e manhoso!

Antes de ir para o Rio notei que ele estava com uma bolinha sem pêlos na orelha. A Dra. Beatriz viu e constatou que ele estava com fungo.

Como sou contra dar antibiótico a não serque seja de extrema necessidade, ela prescreveu um spray chamado Micolytic.

Tive que ir pro Rio a trabalho e deixei com o Gil a tarefa de passar o spray, mas ele com um pouco menos de experência não pecebeu que o fungo não só não sarou como espalhou pra região do pescoço.

Quando voltei encontrei um cogumelinho em forma de gato. Continuei com o tratamento com o spray, mas não está fazendo efeito. Está espalhando e abrindo feridas no pescoço dele que já está bem carequinha....

A imunidade dele caiu mais ainda com a minha ausência e agora tá difícil dele sarar. Dou sachê, dou amor, cuido do fungo e nada dele melhorar.

Comecei a dar uma vitamina que a Bia prescreveu chamada Promun Cat  - fede a cerveja amanhecida e se tento dar no prato eles enterram ao invés de comer, então com o Juquinha só diluído na água e com seringa mesmo.

To mega preocupada, pq pode ser que ele precise tomar o antibiótico via oral mesmo, mas tenho medo de sobrecarregar o figadinho dele e pior, dele ficar ainda mais enfraquecido e doente. Sei de gatinhos que estavam com a imunidade baixa, manifestaram fungo, receberam o antibiótico pra fungo e pioraram tanto que desenvolveram PIF e daí já sabem, né? Ai Jessú!!!

Torçam pelo meu pequeno? Mandem boas vibrações?

Volto na semana que vem com as seções fixas e mais algum assuntinho!!
Bjs e obrigada pela paciência e visitas!!!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

A utilização de animais em processos terapêuticos e o caso do Alívio.


A primeira utilização registrada de animais em tratamentos terapêuticos deu-se no século IX, em Gheel, na Bélgica – pessoas com necessidades especiais receberam autorização para cuidar de animais.

 Estudos recentes mostram que existe uma série de benefícios nesta prática, pois os animais podem sanar determinadas necessidades que nem sempre as pessoas conseguem resolver entre aqueles da mesma espécie: carinho, afeto e contato físico são algumas delas.

O toque, por exemplo, aumenta a autoestima e a relação com o animal é muito tátil.  A gente sabe! :)
Na década de 70 em alguns países da Europa se desenvolveu a  Asinoterapia – introdução de burrinhos no processo terapêutico.

Além de ajudar em questões emocionais, esta forma de terapia ajuda a desenvolver habilidades cognitivas, pois parte do processo envolve a comunicação com os animais. Entender o animal e prever sua forma de agir. Além disso, as pessoas acabam por desenvolver traços importantes como a humildade e o respeito, pois é necessário respeitar o tempo e as particularidades dos animais.

 Ter um animal no processo terapêutico também pode ajudar a desenvolver o altruísmo e promover um relaxamento e equilíbrio que podem ser levados para todos os momentos da vida. As pessoas exercitam a humildade, a calma, o amor e a justiça nestas relações.

Outro ponto importante, o vínculo que se desenvolve é muito recompensador. A pessoa aprende a fazer carinho e o animal mostra-se satisfeito e agradecido. É uma relação ganho x ganho!

Você conhece algum terapeuta que utiliza esta técnica? Se sim, mande um e-mail para o avidacomgatos@gmail.com e conta pra gente!

Agora vamos ao caso do Alívio.

O Alívio é um gatão lindo e carinhoso que um dia começou a frequentar o quintal da clínica onde uma amiga minha trabalha. Ela é psicóloga e a clínica chama-se Aliviar.



Ela o viu pela primeira vez num sábado, passeando por umas telhas e, na terça seguinte, quando precisou ir para o quintal, o gatinho estava lá embaixo de uma árvore. Ela se aproximou e ele imediatamente fez o que todo bom gatinho simpático faz: começou a se enroscar na perna dela, que logo se abaixou para dar carinho pra ele. O bichão tão atrevido que é não hesitou em subir no colo dela e por lá se aninhar...ah, amor à primeira vista!

Pois bem, o meninão começou a passar tempo por ali e as pessoas que gostam de animais permitiram que ele ficasse. Na época ele estava magrinho, porque sobrevier nas ruas é difícil e nem sempre eles conseguem comer regularmente.

As meninas da clínica o alimentavam e davam carinho. Alívio fidelizou e nunca mais quis saber de sair de lá. Até banho ele ganha direto!



As meninas o levaram para veterinária e descobriram que ele já era castrado e estava saudável. Na verdade, por um curto período de tempo ele se chamou Alívia pq as tias da clínica não sabiam identificar o sexo dele.

Ele é do tipo perfeito para ser utilizado na terapia de pessoas que o aceitem, porque AMA carinho, colo e seres humanos. Ele quer sempre estar por perto de alguém.



No começo ele ficava só na parte de trás da casa, mas aos poucos a Marina (psicóloga) começou a deixar a janela da sua sala aberta e adivinha se o espertinho não pulava logo pra dentro? Às vezes ficava só dormindo e às vezes se jogava no colo do paciente que permitisse e gostasse.

Hoje ele tem passe livre em quase todas as salas. Não entra na sala de acunpuntura, mas monta nas pessoas enquanto elas estão nas piores e mais sofridas posições de pilates ou ocupa algum colchãozinho ou caminha de exercícios...daquele jeito suuuuper “conveniente” que só os gatos sabem ter!



O mais legal é que muitas pessoas que hoje convivem com o Alívio na clínica aprenderam a gostar de gatos e a conhecer gatos. Claro também que tem aqueles que têm medo e não aceitam a companhia do peludinho.
A Marina disse que não utiliza nenhuma técnica de terapia com o gatinho, mas que já viu mtas vezes ele se aproximar de pessoas extremamente carentes e fragilizadas e ajudar no processo de superação de questões pela troca de amor e afago que oferece.



Ela ainda diz: “Atendo crianças tb, e elas o adoram e posso dizer que ele me ajuda mto a trabalhar as inseguranças e medos da criança, pelo fato do gato ser um bichinho independente, que consegue se cuidar sozinho e ficar bem com isso. Além do fato tb de ensiná-las mto sobre a troca do carinho, afeto, amor.



Claro que ele ajudar as pessoas não é nada intencional, mas por ser esse bichinho tão carinhoso, afetuoso e especial que ele é, ele transmite esses mesmos sentimentos para as pessoas através da troca. Com certeza não fomos nos que o adotamos, foi ele quem nos adotou!!!!”

A professora de Pilates e a Marina com o Alívio - duas fãs do peludinho!

Que história bacana essa do Alívio, né?

Quem sabe ele não inspira outros profissionais e gatinhos por aí! :)




terça-feira, 3 de julho de 2012

Anorexia Felina

Doutor, o que é Anorexia Felina?

A anorexia, ou perda de apetite, é uma manifestação clínica rapidamente observada pelos donos dos animais e que os faz procurar ajuda veterinária por estar, em regra, associada a algum tipo de doença ou enfermidade.


A anorexia pode resultar da incapacidade para encontrar comida devido, por exemplo, a ausência do sentido do olfato (secreções nasais ou lesão do nervo olfatório). Alterações ambientais (mesmo que imperceptíveis ao dono) ou mudança de dieta (geralmente para um alimento menos palatável) podem estar na origem da anorexia. A Introdução de novos animais mais agressivos ou competitivos pela comida podem induzir a um estado de medo que impede o animal de se alimentar. A chegada de novos membros na família, como um bebê, também pode afetar negativamente o apetite do gatinho.


Não havendo fatores psicológicos (stress ou alteração alimentar) é importante verificar se o animal mostra interesse pela comida, ou seja, se tenta a ingestão. 


Animal com lesões oro nasais (fraturas, tumores, doença dental), retro bulbares (abscesso, tumores), inflamação dos músculos da mastigação ou nervo trigêmeos (que comanda os músculos da mastigação) tentam a preensão do alimento, mas não conseguem degluti-lo ou são incapazes de ingerir quantidades suficientes de alimento.


Animais com doenças sistêmicas recusam o alimento por razões variadas consoante a enfermidade em causa. Assim, febre, dor, náusea, desconforto abdominal, tosse ou mesmo dificuldade respiratória podem justificar a diminuição ou perda de apetite.


O primeiro passo para o tratamento é corrigir a causa subjacente à anorexia. 


O animal deve receber suporte hidroeletrolítico e mesmo suporte nutricional se a anorexia se prolonga por alguns dias. 


Este suporte varia desde a ingestão forçada à administração de alimento por sondas. A ajuda de fármacos estimulantes do apetite e suplementos vitamínicos pode revelar-se determinante na resolução da anorexia.


Em todo caso procure sempre a ajuda de um veterinário!


Dr. Leandro Neves Camacho - Médico Veterinário (atende em domicílio e com maior facilidade ainda no ABC)
CRMV / SP 16.029
Tel: 11 7686-7337