sexta-feira, 20 de julho de 2012

A utilização de animais em processos terapêuticos e o caso do Alívio.


A primeira utilização registrada de animais em tratamentos terapêuticos deu-se no século IX, em Gheel, na Bélgica – pessoas com necessidades especiais receberam autorização para cuidar de animais.

 Estudos recentes mostram que existe uma série de benefícios nesta prática, pois os animais podem sanar determinadas necessidades que nem sempre as pessoas conseguem resolver entre aqueles da mesma espécie: carinho, afeto e contato físico são algumas delas.

O toque, por exemplo, aumenta a autoestima e a relação com o animal é muito tátil.  A gente sabe! :)
Na década de 70 em alguns países da Europa se desenvolveu a  Asinoterapia – introdução de burrinhos no processo terapêutico.

Além de ajudar em questões emocionais, esta forma de terapia ajuda a desenvolver habilidades cognitivas, pois parte do processo envolve a comunicação com os animais. Entender o animal e prever sua forma de agir. Além disso, as pessoas acabam por desenvolver traços importantes como a humildade e o respeito, pois é necessário respeitar o tempo e as particularidades dos animais.

 Ter um animal no processo terapêutico também pode ajudar a desenvolver o altruísmo e promover um relaxamento e equilíbrio que podem ser levados para todos os momentos da vida. As pessoas exercitam a humildade, a calma, o amor e a justiça nestas relações.

Outro ponto importante, o vínculo que se desenvolve é muito recompensador. A pessoa aprende a fazer carinho e o animal mostra-se satisfeito e agradecido. É uma relação ganho x ganho!

Você conhece algum terapeuta que utiliza esta técnica? Se sim, mande um e-mail para o avidacomgatos@gmail.com e conta pra gente!

Agora vamos ao caso do Alívio.

O Alívio é um gatão lindo e carinhoso que um dia começou a frequentar o quintal da clínica onde uma amiga minha trabalha. Ela é psicóloga e a clínica chama-se Aliviar.



Ela o viu pela primeira vez num sábado, passeando por umas telhas e, na terça seguinte, quando precisou ir para o quintal, o gatinho estava lá embaixo de uma árvore. Ela se aproximou e ele imediatamente fez o que todo bom gatinho simpático faz: começou a se enroscar na perna dela, que logo se abaixou para dar carinho pra ele. O bichão tão atrevido que é não hesitou em subir no colo dela e por lá se aninhar...ah, amor à primeira vista!

Pois bem, o meninão começou a passar tempo por ali e as pessoas que gostam de animais permitiram que ele ficasse. Na época ele estava magrinho, porque sobrevier nas ruas é difícil e nem sempre eles conseguem comer regularmente.

As meninas da clínica o alimentavam e davam carinho. Alívio fidelizou e nunca mais quis saber de sair de lá. Até banho ele ganha direto!



As meninas o levaram para veterinária e descobriram que ele já era castrado e estava saudável. Na verdade, por um curto período de tempo ele se chamou Alívia pq as tias da clínica não sabiam identificar o sexo dele.

Ele é do tipo perfeito para ser utilizado na terapia de pessoas que o aceitem, porque AMA carinho, colo e seres humanos. Ele quer sempre estar por perto de alguém.



No começo ele ficava só na parte de trás da casa, mas aos poucos a Marina (psicóloga) começou a deixar a janela da sua sala aberta e adivinha se o espertinho não pulava logo pra dentro? Às vezes ficava só dormindo e às vezes se jogava no colo do paciente que permitisse e gostasse.

Hoje ele tem passe livre em quase todas as salas. Não entra na sala de acunpuntura, mas monta nas pessoas enquanto elas estão nas piores e mais sofridas posições de pilates ou ocupa algum colchãozinho ou caminha de exercícios...daquele jeito suuuuper “conveniente” que só os gatos sabem ter!



O mais legal é que muitas pessoas que hoje convivem com o Alívio na clínica aprenderam a gostar de gatos e a conhecer gatos. Claro também que tem aqueles que têm medo e não aceitam a companhia do peludinho.
A Marina disse que não utiliza nenhuma técnica de terapia com o gatinho, mas que já viu mtas vezes ele se aproximar de pessoas extremamente carentes e fragilizadas e ajudar no processo de superação de questões pela troca de amor e afago que oferece.



Ela ainda diz: “Atendo crianças tb, e elas o adoram e posso dizer que ele me ajuda mto a trabalhar as inseguranças e medos da criança, pelo fato do gato ser um bichinho independente, que consegue se cuidar sozinho e ficar bem com isso. Além do fato tb de ensiná-las mto sobre a troca do carinho, afeto, amor.



Claro que ele ajudar as pessoas não é nada intencional, mas por ser esse bichinho tão carinhoso, afetuoso e especial que ele é, ele transmite esses mesmos sentimentos para as pessoas através da troca. Com certeza não fomos nos que o adotamos, foi ele quem nos adotou!!!!”

A professora de Pilates e a Marina com o Alívio - duas fãs do peludinho!

Que história bacana essa do Alívio, né?

Quem sabe ele não inspira outros profissionais e gatinhos por aí! :)




4 comentários:

  1. aaaaah que post mais gostoso!!! Eu ia adorar ter um Alívio para afarfar durante minhas consultas!!! :)

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  2. Adoraria chegar na terapia e ter um gatinho pra me receber :)
    Beijos

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  3. Amei o blog e a história do Alívio! Tb ia amar fazer terapia com um gatão lindo desse no meu colo! Parabéns pras meninas da clinica que deram uma chance pra ele!

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  4. que bom que o gatinho esta bem tratado.......um beijo e
    um Miauuuuuuuuuuuuuuuuuuuu bem grande pra vcs

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